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A mandala segundo Jung



Para Jung a mandala é uma típica forma arquetípica, a quadratura circuli: o quadrado no círculo ou o círculo no quadrado. Um dia símbolos mais antigos da humanidade, mandala expressa seja a divindade, seja o si-mesmo. Como um arquétipo de ordem interna, é usada para organizar os aspectos multifacetados do universo num esquema cósmico ou para fazer um esquema da psique individual. Ela tem um centro e uma periferia e tenta abarcar a totalidade. Na análise, durante os períodos entre turbulência e caos psíquico, o símbolo da mandala aparece espontaneamente como um arquétipo compensatório, trazendo ordem, mostrando a possibilidade da ordem.


Jung descreveu a mandala - em seu estado mais simples - como um círculo, especialmente um “círculo mágico”, que na maioria das vezes “tem a forma de uma flor, de uma cruz ou roda, tendendo nitidamente para o quatérnio. Ovo, olho, árvore, sol, estrela, luz, fogo, flor e a pedra preciosa são símbolos do mandala.



Jung via a estrela como uma variação da mandala. Em 1950, ele publicou esta pintura de 1921 em guache sobre papel denominada “Estrela” em “Simbolismo da Mandala” imediatamente a partir da imagem 129 do Livro Vermelho, e acrescento o seguinte comentário:


“Uma vez mais o centro é simbolizado por uma estrela. Está imagem tão comum corresponde as figuras precedentes, nas quais o sol representa o centro. Também o sol é uma estrela, uma célula radiosa no oceano do céu. O quadro mostra o si-mesmo como estrela que surge do caos. A estrutura de quatro raios é ressaltada pelo uso das quatro cores. O significativo dessa imagem é que ela exprime as estruturas do si-mesmo como um princípio de ordem frente ao caos.”


Trechos do livro: “A Arte de Jung” - p. 140, 141 e 181


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